Blog: Lembra-se de Paripe como era antigamente:
Moradora 1:
Paripe era bem diferente, não tinha asfalto, era estrada de boiada; caminhos
estreitos e escorregadios; não havia água, luz, água encanada, usava água de
cacimba. Antes de morar nesta rua, agente morava nas áreas da marinha, num
lugar chamado Barragens dos macacos, lá tinha rio, era próximo à Lagoa
Encantada. Quando casei fui morar do outro lado da estrada, só depois mudei
para cá. Você
veio para cá com o casamento de seu pai morar com seu pai quando tinha 3 ou 4
anos na rua dos Anjos. Só quando tinha mais ou menos 07 anos é que veio morar
nesta rua com sua vó (minha mãe).
Blog: havia muitas fazendas ali?
Moradora 1:
Em Paripe tinha muitas fazendas, lembro da de João Martins.
Blog: Já ouviu falar em
Quilombo?
Moradora 1: Ouvi sim, mas era na parte baixa lá pela Praça
(Hoje Praça João Martins).
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Maria José D. Santos(D. Zezé) e Francisca D. da Silva (Minha vozinha) |

Pessoa acolhedora e encantadora (in memória). Perguntada se lembrava quando chegou na Rua cardeal da Silva – nome dado por ela (minha Vozinha) por achar o antigo ridículo. “ Lembro dos nossos antigos vizinhos, o bombeiro Dalvo, D. Valdelice, e Sr. Barbosa, D. Santinha e seus filhos, a enigmática casa da estrela (ninguém sabia quem morava lá).
Ela
ensinou você e sua prima (Dilce Maria da Conceição - criada também pela sua
avó) a serem parte da comunidade religiosa local juntamente com os netos
legítimos de minha vozinha Alba e Silvio, professora e bibliotecário
respectivamente. Em minha casa também tinha uma senhora chamada Isabel (Beca)
que tinha duas filhas as quais faziam parte do sexteto que a minha vozinha
levava para missa. Com
a venda dos lotes foram chegando novos moradores e dando um novo formato á rua
antes uma trilha escorregadia. Com
a chegada da eletricidade para o bairro as noites se tornaram mais alegres e
com um atrativo e com um atrativo a mais. Quem pôde logo comprou um televisão.”
http://claytonbuggy.blogspot.com.br/2013/03/aquario-de-televisao-tv-antiga.html |
Ela ainda lembrou de
outros vizinhos, D. Maria de sr. Sebastião que perdeu um filho afogado. Disse
ainda que nosso transporte era o trem. Próxima a estação de trem, haviam tendas
de ciganos.
ANGÉLICA DA SILVA - Neta
de D. Petronilia Maria de Jesus
“Nossa
rua era de barro, não havia eletricidade, água encanada e esgoto. Nossa água
vinha de uma fonte no quintal ou da bica da rua da Padaria de sr. Antônio
Almeida. As casas eram de taipa com cercas de arame. Próximo
existia a Vila de menores – Instituição para menores órfãos e infratores
capturados nas ruas”.
Agradeço
as três moradoras pela generosidade de conceder essas entrevistas com tantas
informações no que sem dúvida será relevante para nós.
* Informações do Logradouro
* Informações do Logradouro
A Rua Cardeal da Silva é predominantemente residencial com 96,55% endereços residenciais e esta localizada no bairro de Paripe em Salvador, Bahia.
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A Rua cardeal da Silva Hoje |
Com mais de 230 domicílios, a Rua Cardeal da Silva caracteriza-se por 72,17 de domicílios constituídos de casas, sobrados ou similares e 27, 83% de edifícios de apartamentos ou conjuntos residenciais, apartamentos ou conjuntos com vários domicílios de famílias distintas.
10 comentários:
Parabéns Gilzinha! O blog ta bem lindo e o layout ficou show de bola! É sempre bom resgatar nossas origens.
parabéns ficou show de bola!!!
Parabéns Gil! Muito bom seu blog. “Nossa rua era de barro, não havia eletricidade, água encanada e esgoto. Nossa água vinha de uma fonte no quintal ou da bica". Lembrei-me de quando era criança, fui criada no interior e era assim, água da bica, estrada de barro. Muito interessante a história de Paripe, pretendo conhecer pessoalmente.
Bem legal saber como era Paripe antigamente e como meus parentes passavam seus dias num bairro totalmente diferente do que eu vejo hoje.Pra mim é uma novidade e para os mais vividos uma boa lembrança.
parabenizo á autora do blog, pelo excelente trabalho! contribuiu e aprimorou meus conhecimentos sobre o bairro que só conheço pelo nome. conhecer o fator histórico do lugar, com certeza , tenho ou tive parentes morando lá muito interessante a história de sua avó e a relação com o bairro! caprichou na questão estética da plataforma digital !
Parabenizo à pesquisadora por esse trabalho primoroso.
Se eu já gostava do Subúrbio Ferroviário, agora que eu sei sua história, gosto mais ainda.
Parabéns outra vez! :)
Que bom poder conhecer um pouco mais de vc e seus antepassados, confesso que cheguei a viajar literalmente, enquanto me deliciava com seus relato, que traz também um pouco da história do nosso querido subúrbio ferroviário! Você está de parabéns! ♡
Parabéns pelo seu blog e pela riqueza de detalhes. É como viver essa história, viajar no tempo. Moradores de todo o subúrbio devem tomar conhecimento desses fatos. Sucesso.
Oi pessoal!
Estou aqui outra vez com mais uma demanda.
Estou pesquisando sobre as escolas comunitárias. Qual a sua importancia para as comunidades em que elas estão inseridas?
Se alguém tiver algum conhecimento sobre o assunto, e poder me enviar, vai contribuir muito com minha pesquisa e eu vou agradecer sua colaboração. Não se esqueça de colocar nome completo para constar no documentário.
Que bacana essa iniciativa... acabei matando saudades de tempos que jamais voltarão. São tantas pessoas queridas, algumas que já se foram, outras que ainda permanecem entre nós. Nossa, emocionante. Parabéns!!!
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