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Este é um trabalho solicitado pelo componente Curricular  Referenciais Teóricos Metodológicos Da História  No Ensino Fundamental que tem c...

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

POVOAMENTO DA CIDADE DE SALVADOR


OS ANTECEDENTES



Em 1580, quando a nação passou para o domínio espanhol, não tinha um milhão, ao passo que nas ilhas e no Brasil a população ia aumentando, em virtude da volta da agricultura iniciada como desengano do comercio oriental e do ouro, com o estabelecimento dos recrutas, que obrigava aos casamentos, e, por paradoxal que pareça, com a navegação e a emigração para o Brasil que, bem longe de ter causado a Portugal perdas notáveis, como se pensava na ocasião, estava sustentando as mais   úteis correspondências da nação por meio de uma preciosa agricultura.



OS PRIMEIROS TRINTA ANOS



As circunstâncias econômicas e demográficas, o surto de mercantilismo ultramarino, a orientação política rei, menos inclinado a expansão da Fé e da cultura cristã do que à conquista de entrepostos comerciais no exterior, explicam incógnita dos primeiros trinta anos do Brasil português. Com a falta de visão de D. Manoel, foi pressentido a próxima perda do comércio oriental juntamente com as desilusões com o ouro africano. Então procurou-se desenvolver na Terra e\vera Cruz um outro baluarte da economia lusitana.


ANTIGOS HABITANTES


Antigos Habitantes
O sítio futuro da Cidade de Salvador foi dos que primeiro se descobriram e fixaram na Costa do Brasil, conquanto a data e autoria desse feito ainda prolongam discussões iniciadas no último quartel do século passado. Parece não haver dúvida na suposição feita por Teodora Sampaio, de que a primeira visita de europeus às águas da baía de Todos os Santos tivesse ocorrido cerca de 5 de maio de 1500, cabendo a glória à nau de mantimentos que Pedro Álvares Cabral fez retornar ao reino com a nova do achamento de Vera Cruz.  Muito antes da chegada do vianês as cartas geográficas desenhadas por inspiração portuguesa em Portugal, na Itália, na Alemanha, já consignavam a Bahia de Todos os Santos, porém o se tem de mais positivo é que Américo Vespúcio em sua carta a Pedro Soderini, sobre a descoberta da baía em sua primeira viagem ao Brasil, exatamente no dia de Todos os Santos, - 1 de novembro de 1501.

Habitavam primitivamente a região em que se veio a fundar a nossa cidade os indígenas tapuias, os célebres índios de língua travada. Pertenciam ao grande grupo linguístico e cultural dos chamados gês ou botocudos, expulsos pelos primeiros tupis, os tupinaés que por suaves foram expulsos pelos tupinambás. Estes foram os índios amoipiras, que os portugueses encontraram aqui.

COMEÇA A MESTIÇAGEM




Mesmo conhecida de 1501, a baía de todos os santos só mais foi ocupada e povoada pelos portugueses. Sabe-se que aqui estacionou um feitor e que, de passagem para outros portos as naus o contratador aqui o tomavam para conferência do carregamento em outro lugar. Este teria sido o primeiro habitante luso de algum ponto, provavelmente numa das ilhas do rio Paraguaçu, do golfão em cuja entrada se edificaria a cidade do Salvador. Esses clandestinos exploradores da madeira de tinturaria inçaram a terra de filhos mamelucos, “louros, alvos e sardos”, mas que, apesar dos seus traços europóides, nasciam, viviam e morriam como gentios tupinambás. Pero Lopes de Souza 1531, elogiava a alvura e a beleza de índias baianas que possivelmente eram descendentes de franceses, e Gabriel Soares, cinquenta anos adiante, ainda assinalava a existência de uma segunda geração desses mamelucos, com traços que mostravam a descendência de avôs franceses, alvos e louros. Em meio desses mestiços deveriam existir também filhos de portugueses, feitores do contrato e marinheiros.

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