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APRESENTAÇÃO

Este é um trabalho solicitado pelo componente Curricular  Referenciais Teóricos Metodológicos Da História  No Ensino Fundamental que tem c...

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

APRESENTAÇÃO

Este é um trabalho solicitado pelo componente Curricular Referenciais Teóricos Metodológicos Da História No Ensino Fundamental que tem como docente Alfredo Eurico Rodrigues Matta.

A Rua Cardeal da Silva que está dentro do bairro Paripe que por sua vez está inserido na cidade Salvador na Bahia  cuja fundação tem como finalidade a defesa da costa para possibilidade da existência do Brasil. Foi importante porque a força da cidade e do porto que tinha capacidade de comportar e ancorar na Baía de Todos os Santos toda a marinha de guerra do mundo.

Paripe, nome de origem tupi significa cercado de peixe. Seus primeiros exploradores foram os índios, depois os escravos. Era um bairro de veraneio de famílias tradicionais que fizeram chácaras e e fazendas nas prais de Tubarão e São Tomé.

POVOAMENTO DA CIDADE DE SALVADOR


OS ANTECEDENTES



Em 1580, quando a nação passou para o domínio espanhol, não tinha um milhão, ao passo que nas ilhas e no Brasil a população ia aumentando, em virtude da volta da agricultura iniciada como desengano do comercio oriental e do ouro, com o estabelecimento dos recrutas, que obrigava aos casamentos, e, por paradoxal que pareça, com a navegação e a emigração para o Brasil que, bem longe de ter causado a Portugal perdas notáveis, como se pensava na ocasião, estava sustentando as mais   úteis correspondências da nação por meio de uma preciosa agricultura.



OS PRIMEIROS TRINTA ANOS



As circunstâncias econômicas e demográficas, o surto de mercantilismo ultramarino, a orientação política rei, menos inclinado a expansão da Fé e da cultura cristã do que à conquista de entrepostos comerciais no exterior, explicam incógnita dos primeiros trinta anos do Brasil português. Com a falta de visão de D. Manoel, foi pressentido a próxima perda do comércio oriental juntamente com as desilusões com o ouro africano. Então procurou-se desenvolver na Terra e\vera Cruz um outro baluarte da economia lusitana.


ANTIGOS HABITANTES


Antigos Habitantes
O sítio futuro da Cidade de Salvador foi dos que primeiro se descobriram e fixaram na Costa do Brasil, conquanto a data e autoria desse feito ainda prolongam discussões iniciadas no último quartel do século passado. Parece não haver dúvida na suposição feita por Teodora Sampaio, de que a primeira visita de europeus às águas da baía de Todos os Santos tivesse ocorrido cerca de 5 de maio de 1500, cabendo a glória à nau de mantimentos que Pedro Álvares Cabral fez retornar ao reino com a nova do achamento de Vera Cruz.  Muito antes da chegada do vianês as cartas geográficas desenhadas por inspiração portuguesa em Portugal, na Itália, na Alemanha, já consignavam a Bahia de Todos os Santos, porém o se tem de mais positivo é que Américo Vespúcio em sua carta a Pedro Soderini, sobre a descoberta da baía em sua primeira viagem ao Brasil, exatamente no dia de Todos os Santos, - 1 de novembro de 1501.

Habitavam primitivamente a região em que se veio a fundar a nossa cidade os indígenas tapuias, os célebres índios de língua travada. Pertenciam ao grande grupo linguístico e cultural dos chamados gês ou botocudos, expulsos pelos primeiros tupis, os tupinaés que por suaves foram expulsos pelos tupinambás. Estes foram os índios amoipiras, que os portugueses encontraram aqui.

COMEÇA A MESTIÇAGEM




Mesmo conhecida de 1501, a baía de todos os santos só mais foi ocupada e povoada pelos portugueses. Sabe-se que aqui estacionou um feitor e que, de passagem para outros portos as naus o contratador aqui o tomavam para conferência do carregamento em outro lugar. Este teria sido o primeiro habitante luso de algum ponto, provavelmente numa das ilhas do rio Paraguaçu, do golfão em cuja entrada se edificaria a cidade do Salvador. Esses clandestinos exploradores da madeira de tinturaria inçaram a terra de filhos mamelucos, “louros, alvos e sardos”, mas que, apesar dos seus traços europóides, nasciam, viviam e morriam como gentios tupinambás. Pero Lopes de Souza 1531, elogiava a alvura e a beleza de índias baianas que possivelmente eram descendentes de franceses, e Gabriel Soares, cinquenta anos adiante, ainda assinalava a existência de uma segunda geração desses mamelucos, com traços que mostravam a descendência de avôs franceses, alvos e louros. Em meio desses mestiços deveriam existir também filhos de portugueses, feitores do contrato e marinheiros.

CIDADE DE SALVADOR






CARREIRA DAS ÍNDIAS



Nome dado à ligação marítima entre Lisboa e os portos da Índia (Cochim e Goa), a qual - após a viagem  precursora de Vasco da Gama em 1947/1948 - perdurou durante mais de três séculos (até à centúria de 1800), constituindo-se na maior e mais prolongada rota de navegação à vela. https://carreiradaindia.wordpress.com/.

Caravela

Caravela

Bagantim



1 de fevereiro de 1549 saiu de Lisboa, sob o comando de Tomé de 
Souza a esquadra três naus grandes, duas caravelas    e um bargantim,  em direção a Bahia, chegando a seu destino em 29 de março. 





Descrevendo muito bem o local como região tão grande que de três partes se dividisse o mundo, ocuparia duas, além de fresca e mais ou menos temperada, tendo muitos frutos, um mar com muitos bons peixes, pomares tão belos como nunca tinham visto.

Em 31 de março desembarcaram os portugueses em ordem de combate para demostrar aos índios a ideia de força. Na frente iam os padres com a cruz em sinal de paz. 




Antiga Av. Contorno.

O primeiro mês ocupou-se em estabelecer a paz com a gente da terra, abrir roças para o plantio de mantimentos para tanta gente, repara a cerca antiga da povoação do Pereira, percorrer a redondezas à procura de local apropriado para a povoação grande e forte.
Dentro em pouco iniciava a limpeza dos terreno, a abertura de alicerces, a estacada e as construções da Cidade de Salvador, nome que o rei deu à cabeça do Brasil, o sítio a meia légua do  ponto de desembarque. Era uma colina debruçada a pique sobre o mar, onde havia bom porto e varadouro   para as naus, bons ares, abundancia de água e defesas naturais. Dos locais visitados, o melhor lugar para defende-se era a Tapagipe que seduzira Tomé de Souza. A cidade surgia, como nenhuma outra em seu tempo em pouco já tinha 1000 pessoas e uma completa organização judiciária, fazendária, administrativa e militar.




·         

    Vila Velha continuaria como uma espécie de subúrbio ligado à cidade pelo Caminho do Conselho (Av. Sete de Setembro), onde morava Caramuru, sua família e os que se dedicavam a lavoura de mandioca e outros mantimentos que forneciam aos moradores. 




Avenida Sete de Setembro Atual



















 




              http://lcfaco.blogspot.com.br/2015/09/a-centenaria-avenida-sete-de-setembro.html




 EM MUITO CRESCIMENTO

                                      


    A população crescia rapidamente, ultrapassando os limites fortificados. Vieram na expedição poucas mulheres brancas, isso interferia na natalidade resultante da união de muitos colonos com duas a quatro índias. Por outro lado, índios eram violentados e tomados como escravos ou para vender no reino, as negras eram raptadas ou presas para mancebas dos brancos. Enquanto a mestiçagem, estimulada pela inclinação lusa por mulheres de cor fazia crescer a população por um processo de espontânea autocolonização.






Tomé de Souza





Recaiu em Tomé de Souza, por insinuação do conde de Castanheira, a designação para primeiro governador geral do Brasil. Desejoso do êxito da importante missão, D. João, depois de lavrar o regimento e a carta de nomeação, assinou leis complementares sobre o fisco e a justiça e        escreveu a Diogo Alves Caramuru uma carta recomendando   que ajudasse a Tomé de Souza.  
Mem de Sá

Mem de Sá, em 1558 assumiu o governo geral, encontrando a Bahia mais larga que a antiga fortaleza; os muros de taipa iam desaparecendo. Uma das medidas que tomou logo ao chegar foi o aldeamento os indígenas que não permitiam que se abrisse fazenda. 

PARIPE



Em 1576 havia na cidade em Vila Velha e no “julgado de Paripe”, uns 1.100 vizinhos brancos, além de muitos índios mansos e já moía cana em numerosos engenhos. O número de habitantes não crescia muito porque os escravos africanos começavam a fugir, formando quilombos, onde se fortificavam e os brancos viviam nos engenhos e se multiplicavam rapidamente.


QUILOMBOS DE PARIPE

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      Hoje, ainda resistem à agressões e expulsões os Quilombos do Toróro e Quilombo dos Rio dos Macacos em Paripe.



Povo que continua oprimido em luta pela moradia e em defesa de suas origens. 



O quilombo do Rio dos Macacos precisa se defender dos ataques "feudais" para garantir sua morada.



O JULGADO INDEPENDENTE - PARIPE



Segundo o historiador Cid Teixeira: “Paripe é uma coisa interessante porque na verdade, embora faça parte da cidade de Salvador, foi anexado judicialmente à cidade muito depois da fundação. No século XVIII, Paripe ainda não integrava – digamos – legalmente a área da cidade de Salvador, era um julgado; ou seja, um povoado de administração independente”.






Cid Teixeira, foi a partir da instalação do transporte ferroviário e a “aproximação” do Subúrbio com o centro da cidade que o julgado de Paripe desapareceu e o local passou a ser um Subúrbio como outro qualquer.

























IGREJAS

 O bairro já foi também uma grande fazenda pertencente a Francisco de Aguiar onde foi erguida a Capela de Nossa Senhora do Ó. Sabe-se que a primitiva capela de Nossa Senhora do Ó, em Paripe já existia em 1587, pois foi citada pelo senhor de engenho Gabriel Soares de Souza, em carta ao rei da Espanha. A Paróquia em si, foi fundada em 1608, o primeiro vigário foi o padre Estevão Fernandes. A atual matriz é de construção recente.
Ruinas da Capela Nossa Senhora do Ó em Paripe.


A primitiva capela de Nossa Senhora do Ó, em Paripe, foi construída no século 16. Sabe-se que ela já existia em 1587, pois foi citada pelo senhor de engenho Gabriel Soares de Souza, em carta ao rei da Espanha.
A paróquia foi fundada em 1608, o primeiro vigário foi o padre Estevão Fernandes. A atual matriz é de construção recente.


Atual Igreja - Centro Comunitário Nossa Senhora do Ó


Praia de Inema- São Tomé de Paripe

LOCAL PARA VERANEIOS DE PRESIDENTES DA REPÚBLICA DE BRASIL. 


A partir do governo Fernando Henrique Cardoso, os presidentes utilizam esta praia como local ideal para suas férias ou descanso. Lá pode se encontrar alem da hospedagem, um cineteatro e uma capela. 



CRESCIMENTO ECONÔMICO


Depois das Hortas que serviam para  abastecer o comercio de Salvador, Paripe contava também, recursos naturais do mar onde seus protagonistas eram os pescadores e marisqueiras que além e tirar para seu sustento vendiam na região que hora era de veraneios e fazendas. Hoje em baixa escala ainda existem  marisqueiras, que perdem na luta contra a poluição e desaparecimento das áreas de mangue. 


PUXADA DE REDE




MARISQUEIRAS





As antigas fábicas de cimento também fazem parte do crescimento econômico de Paripe. A IMBASA, A COSISA E CIMENTO ARATU, fizeram parte do desenvolvimento econômico de Paripe. 



                                                                  Cia de Cimento Aratu















COCISA-CIA DE CIMENTO SALVADOR   


                                                     
                                                                                        IMBASA




ECONOMIA DE PARIPE ATUALMENTE






https://www.facebook.com/paripedesenvolvimento/








O SUBÚRBIO


Região chamada Subúrbio Ferroviário de Salvador é mesclada por quase 22 bairros, com cerca de 600 mil habitantes. Esta área é banhada pela orla costeira da encosta da Baía de Todos os Santos, e é aderida na maior parte de sua extensão por praias arenosas e enseadas.
http://www.curtosim.com.br/praia-sao-tome-do-paripe

BAIRROS QUE COMPÕEM O SUBÚRBIO FERROVIÁRIO

Oito bairros compõem o subúrbio ferroviário, são eles: Lobato, Plataforma, Itacaranha, Escada, Praia Grande, Periperi, Coutos e Paripe. Bairros com características e belezas próprias. Todos banhados pela Baía de Todos os Santos.


Lobato: Local onde foi encontrado o 1º poço de Petróleo do Brasil







Plataforma - Porta de entra para Invasão Holandesa









Itacaranha:   







Escada - Abrigou Padre Joséde Anchieta na Capela de N.S. de Escada  



Praia Grande - 







Periperi - 










Coutos - 








Paripe - 







Miscigenada na década de 60, por comunidades tradicionais de pescadores e veranistas, a região da Suburbana sofreu grande expansão urbana com a ligação férrea.

http://www.estacoesferroviarias.com.br/ba_monte%20azul/paripe.htm
http://pregopontocom.blogspot.com.br/2012/12/o-trem-suburbano-de-salvador-ferrovias.html


Posteriormente, com a construção da Av. Afrânio Peixoto. Tal expansão, foi energizada pela ação de classes mais populares, foi promovida sem planejamento territorial, maximizando riscos e impactos, tanto ambientais, quanto sociais. Hoje, de certa forma marginalizada pela sociedade que vive na parte "conhecida" da cidade.

http://www.aratuonline.com.br/noticias/transito-sera-bloqueado-na-av-suburbana-esta-noite/